Você conhece o Google? Esta pergunta, hoje em dia, corre o risco de ser considerada estúpida. Mas e se eu perguntar - Você repara no design dos produtos Google?
Neste momento, pode ser que você esteja resgatando mentalmente a imagem do site de pesquisas do Google, que é o mais popular. Agora me diga - Quantas "coisas" estão piscando ou se movendo pela tela, tentando desesperadamente chamar a sua atenção?
O Google, até que alguém prove o contrário, pode ser considerado o melhor exemplo de negócio na internet dos dias de hoje. E para atingir esta posição, sempre utilizou maneiras bastante discretas para veicular seus patrocinadores. Ao invés do famoso estilo norte americano baseado em banners estravagantes do tipo "Compre, compre, compre!", optaram por algo mais discreto e inteligente, como os AdSenses, que são montados de acordo com o contexto do site que os apresenta. Simplesmente genial!
Mas e aí? Será que as pessoas ainda não perceberam essa genialidade? Por quê ainda temos que topar com sites que utilizam banners apelativos, se o Google já provou que existem maneiras melhores de atrair as pessoas? E nem quero falar daqueles malditos pop-up's porque quero tentar esquecer que eles existem!
Não quero entrar em confronto com ninguém que defenda esse tipo de marketing apelativo. Para essas pessoas, só quero deixar um recado - O Google introduziu novos conceitos relacionados ao marketing na internet e as pessoas estão se habituando à eles. Portanto, não se espante se estas pessoas começarem a fechar seu site, sem dó nem piedade, caso você aparente estar desesperado para que elas cliquem em um determinado lugar. Pessoas de bom senso geralmente se aborrecem quando sofrem tentativas de serem manipuladas.
sábado, março 10, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
O Software é Livre! Não é de graça!

Logo na primeira página do site do GNU, podemos ver a frase: "Free as in Freedom", que quer dizer algo como: "Livre, como em Liberdade" ou "Livre, E pela Liberdade". Na mesma página, logo abaixo, um texto deixa claro que "Livre" não tem nada a ver com "preço". Para aqueles que não sabem, à grosso modo, GNU é o próprio Linux. E que também pode ser chamado de "GNU Linux".
Em algum momento do passado, algum desafortunado introduziu "free" como "grátis". Mesmo hoje, um número bastante expressivo das pessoas que já ouviram falar em Software Livre fazem esta mesma consideração.
O objetivo deste artigo é dizer que isto está errado! Software Livre tem custo, sim. E pode ser bastante alto. Especialmente quando se pretende realizar uma migração ao mesmo tempo em que se interpreta o "free" erroneamente. A expectativa, quase sempre, é a de redução de custos. Está certo quando pensamos nos custos das licenças. Mas e o treinamento? Ou o tempo que as pessoas precisam para absorver as novas idéias e, em alguns casos, redefinirem sua maneira de trabalhar? Isto é dinheiro, também. Já vi casos em que funcionários desligaram seus Windows na sexta-feira, e quando voltaram na segunda e ligaram suas máquinas, deram de cara com o Linux. E ninguém deu explicação alguma. Isto tem alguma chance de ser considerado algo inteligente? Claro, o gerente deve ter um belo terno, um carrão, e se achar o máximo. Mas tudo bem, vamos lá...
Engana-se aquele que achou que sou um defensor do Windows. Na verdade, recomendo o Linux, quase sempre. Eu apenas acho que quando uma pessoa opta por um produto, precisa saber exatamente o que está comprando e, principalmente, quais são as conseqüências e quais medidas precisam ser tomadas para que tudo corra bem. Senão, vão sair por aí dizendo que Software Livre não presta, da mesma maneira equivocada que interpretaram o "free" no momento da sua escolha.
Uma das vantagens mais significativas do Software Livre não é o custo da licença, e sim a transparência. Em um sistema Linux, por exemplo, o usuário pode instalar todos os softwares, incluíndo o próprio kernel, à partir de seu código fonte. Inserir código malicioso em aplicações de código aberto é um caso raro, e quando acontece, geralmente é detectado num piscar de olhos, mediante à quantidade fenomenal de pessoas envolvidas em seu desenvolvimento. Outra grande vantagem é a incessante atividade. Geralmente os Softwares Livres são mantidos por grandes comunidades de desenvolvedores, permitindo que bugs sejam solucionados em questão de minutos, caso seja necessário. E estas comunidades geralmente ouvem você. É sério. Eles querem saber o que você pensa sobre seus produtos e o que precisa ser melhorado.
Estas (verdadeiras) vantagens são o que devem chamar a atenção daqueles que estão considerando a utilização de Software Livre, e não a economia que supostamente pode ser feita ao deixar de pagar custos de licença.
terça-feira, março 06, 2007
Lá vem a Borland com mais um Delphi
Não conheço o "Delphi for PHP", e pelo que conheço do Delphi "tradicional", não sei se quero.
Não estou dizendo que não dê para fazer algo decente em Delphi. Mas, me diga, sinceramente - Quantas aplicações decentes feitas em Delphi você conhece? No "mundo Delphi", dificilmente se começa algo. Geralmente se dá continuidade ao "trabalho" realizado por um estagiário qualquer, porque o "gerente" achou que como o Delphi tinha tudo mastigadinho e era fácil de trabalhar, podia colocar qualquer moleque para iniciar uma aplicação. Sim, o apelo do Delphi é exatamente esse. Algum tempo depois, após o balde de água fria e da bomba que chamam de "sistema" ter sido transformada num monstro devorador de programadores, contratam profissionais qualificados, mas dificilmente abandonam a linguagem, que é a causa do problema. Quando se chega neste ponto, não há o que ser feito.
A única forma de fazer uma boa aplicação em Delphi, é utilizar um conjunto bem pequeno da VCL (somente o necessário) e implementar o restante das coisas "no braço", bailando com o Object Pascal, que na minha opinião, não vale lá aquelas coisas. E, principalmente, esta tarefa não pode ser executada por amadores.
Você pode estar pensando - Mas se o Delphi é assim, como é que ganhou tanto mercado? Respondo. Tinha somente o VB e algumas outras poucas aberrações como concorrente no ano do seu lançamento. Uma coisa dá para afirmar - Mesmo o Delphi, em mil novecentos e uns quebrados, era muito melhor que o VB.
Antigamente a Borland produzia ferramentas melhores (para sua época), como o ambiente de desenvolvimento Paradox, com a linguagem PAL, que apesar de ser uma espécie de "Access para DOS", tinha bastante flexibilidade. Sinceramente eu espero que a Borland tenha usado o nome do Delphi neste novo produto apenas por razões de marketing, e que eles tenham resgatado alguma coisa boa dos velhos tempos.
Não estou dizendo que não dê para fazer algo decente em Delphi. Mas, me diga, sinceramente - Quantas aplicações decentes feitas em Delphi você conhece? No "mundo Delphi", dificilmente se começa algo. Geralmente se dá continuidade ao "trabalho" realizado por um estagiário qualquer, porque o "gerente" achou que como o Delphi tinha tudo mastigadinho e era fácil de trabalhar, podia colocar qualquer moleque para iniciar uma aplicação. Sim, o apelo do Delphi é exatamente esse. Algum tempo depois, após o balde de água fria e da bomba que chamam de "sistema" ter sido transformada num monstro devorador de programadores, contratam profissionais qualificados, mas dificilmente abandonam a linguagem, que é a causa do problema. Quando se chega neste ponto, não há o que ser feito.
A única forma de fazer uma boa aplicação em Delphi, é utilizar um conjunto bem pequeno da VCL (somente o necessário) e implementar o restante das coisas "no braço", bailando com o Object Pascal, que na minha opinião, não vale lá aquelas coisas. E, principalmente, esta tarefa não pode ser executada por amadores.
Você pode estar pensando - Mas se o Delphi é assim, como é que ganhou tanto mercado? Respondo. Tinha somente o VB e algumas outras poucas aberrações como concorrente no ano do seu lançamento. Uma coisa dá para afirmar - Mesmo o Delphi, em mil novecentos e uns quebrados, era muito melhor que o VB.
Antigamente a Borland produzia ferramentas melhores (para sua época), como o ambiente de desenvolvimento Paradox, com a linguagem PAL, que apesar de ser uma espécie de "Access para DOS", tinha bastante flexibilidade. Sinceramente eu espero que a Borland tenha usado o nome do Delphi neste novo produto apenas por razões de marketing, e que eles tenham resgatado alguma coisa boa dos velhos tempos.
sexta-feira, março 02, 2007
O Verdão Loucão
Primeiro eu gostaria de deixar claro que, ao contrário das outras grandes cidades, aqui em Curitiba, a saúde e transporte públicos funcionam razoavelmente. Muita coisa pode melhorar, claro, mas tenho tido boas experiências com ambos. Meu filho nasceu sem que minha esposa e eu tivéssemos plano de saúde, com total acompanhamento de um plano da prefeitura, chamado "Mãe Curitibana", o qual só tenho elogios à fazer.
Tá, mas e o Verdão Loucão? Bom, o verdão ao qual me refiro é o ônibus que faz a linha Interbairros II. Para quem não conhece Curitiba, estas linhas tem por padrão dar a volta em toda a cidade, em torno do centro, porém sem entrar nele.
Existe uma concentração de esforços com o objetivo de democratizar o transporte público. Várias medidas estão sendo adotadas para facilitar o acesso aos serviços públicos por deficientes, pessoas de baixa renda (há séculos o preço da passagem é o mesmo), idosos, etc.
O problema, é que tenho a impressão de que no meio de todos os ajustes que são feitos diariamente, acabaram se atrapalhando e pegaram todos os motoristas psicopatas que ainda tinham emprego e os colocaram na linha do Interbairros II. Definitivamente, esta "montanha russa verde" não é para qualquer pessoa.
Seus usuários são selecionados naturalmente. Precisam ser atléticos para se agarrarem no momento das curvas que às vezes chegam a tirar seus pés do chão (não é exagero), precisam ter excelente visão para poder ver com antecedência essas mesmas curvas e se prepararem para a "aventura" (senão pouco adianta ser atlético) e precisam ser especialistas em salto, porque esses ônibus não costumam ficar parados no seu ponto por mais de 4 segundos e como a idéia é descer logo dele, uns belos saltos às vezes são necessários.
Tudo isso acontece por causa de uma pressa que não se sabe de onde vem. Só sabemos que temos que permanecer correndo. Mesmo que não saibamos para onde estamos indo. Coisas de cidade grande.
Tá, mas e o Verdão Loucão? Bom, o verdão ao qual me refiro é o ônibus que faz a linha Interbairros II. Para quem não conhece Curitiba, estas linhas tem por padrão dar a volta em toda a cidade, em torno do centro, porém sem entrar nele.

O problema, é que tenho a impressão de que no meio de todos os ajustes que são feitos diariamente, acabaram se atrapalhando e pegaram todos os motoristas psicopatas que ainda tinham emprego e os colocaram na linha do Interbairros II. Definitivamente, esta "montanha russa verde" não é para qualquer pessoa.
Seus usuários são selecionados naturalmente. Precisam ser atléticos para se agarrarem no momento das curvas que às vezes chegam a tirar seus pés do chão (não é exagero), precisam ter excelente visão para poder ver com antecedência essas mesmas curvas e se prepararem para a "aventura" (senão pouco adianta ser atlético) e precisam ser especialistas em salto, porque esses ônibus não costumam ficar parados no seu ponto por mais de 4 segundos e como a idéia é descer logo dele, uns belos saltos às vezes são necessários.
Tudo isso acontece por causa de uma pressa que não se sabe de onde vem. Só sabemos que temos que permanecer correndo. Mesmo que não saibamos para onde estamos indo. Coisas de cidade grande.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Linux versus Windows
Nem vou falar do bafafá proporcionado no final do ano passado por Steven Ballmer. É ridículo, não merece atenção e deve ser desconsiderado, na minha opinião. Contudo, se você quiser mais informações pode ler à respeito aqui neste site: http://showusthecode.com/. Alguns bons blogs também noticiaram o assunto.
Quero somente fazer uma comparação não especulativa ou tendenciosa entre estes dois sistemas operacionais, já que tenho contato com ambos, no meu dia-a-dia.
Boa parte dos usuários de um, ou de outro sistema operacional, não são simples usuários. São soldados que defendem até à morte sua escolha, juntamente com seu ponto de vista e suas crenças. As bandeiras das janelinhas e dos pinguins são hasteadas orgulhosamente e os ataques de ambos os lados são incessantes e calorosos.
Algumas pessoas dizem que isso é bom. Particularmente, acho um pé-no-saco. O fato é que um quer roubar o espaço "forte" do outro. O Linux quer ser desktop e o Windows quer ser servidor. Certo, certo. Eu sei que existe um esforço de quase toda a comunidade Linux para deixá-lo mais "amigável" e que servidores Windows andam até "aguentando bem o tranco". O problema é que ambos desempenham seu "ponto fraco" mediocremente, e seus defensores insistem em continuar batendo na mesma tecla, aquela que aponta para o outro lado, para os benefícios do seu sistema operacional preferido. Isso tudo não passa de uma mania de unificar tudo aquilo que precisamos em um só produto.
Aparentemente não conseguiremos dormir até que consigamos que um sistema operacional derrote o outro, então, após uma boa noite de sono, o derrotado ressurgirá das cinzas, junto com todos os seus fiéis e fanáticos, e começará tudo de novo.
Quero somente fazer uma comparação não especulativa ou tendenciosa entre estes dois sistemas operacionais, já que tenho contato com ambos, no meu dia-a-dia.
Boa parte dos usuários de um, ou de outro sistema operacional, não são simples usuários. São soldados que defendem até à morte sua escolha, juntamente com seu ponto de vista e suas crenças. As bandeiras das janelinhas e dos pinguins são hasteadas orgulhosamente e os ataques de ambos os lados são incessantes e calorosos.
Algumas pessoas dizem que isso é bom. Particularmente, acho um pé-no-saco. O fato é que um quer roubar o espaço "forte" do outro. O Linux quer ser desktop e o Windows quer ser servidor. Certo, certo. Eu sei que existe um esforço de quase toda a comunidade Linux para deixá-lo mais "amigável" e que servidores Windows andam até "aguentando bem o tranco". O problema é que ambos desempenham seu "ponto fraco" mediocremente, e seus defensores insistem em continuar batendo na mesma tecla, aquela que aponta para o outro lado, para os benefícios do seu sistema operacional preferido. Isso tudo não passa de uma mania de unificar tudo aquilo que precisamos em um só produto.
Aparentemente não conseguiremos dormir até que consigamos que um sistema operacional derrote o outro, então, após uma boa noite de sono, o derrotado ressurgirá das cinzas, junto com todos os seus fiéis e fanáticos, e começará tudo de novo.
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Para onde vai a qualidade do software?
Sou desenvolvedor de software, atuando profissionalmente na área de TI desde 1994, portanto, há 13 anos. Apesar de me considerar um eterno aprendiz, tenho total segurança para afirmar que, caso eu fosse montar um gráfico que representasse a qualidade do software para os próximos anos, ele seria parecido com uma imensa ladeira! Não estou dizendo, absolutamente, que não existam softwares bons. Mas afirmo que são tão raros quanto filhote de pombo - Sabemos que eles existem, mas quantos de nós já os viram?
Ano após ano, vi com meus próprios olhos a decadência do desenvolvedor de software. Sim, estou falando da pessoa. Boa parte desta decadência pode ter sido motivada pela brutal concorrência existente no mercado. A lógica é simples - Preço baixo e prazos curtos são necessários para se ter algum cliente.
O grande problema é que desenvolvimento de software não é a mesma coisa que apertar parafusos. É um trabalho essencialmente intelectual, onde cada pequena parte do trabalho, por menor e mais repetitiva que seja, demanda atenção absoluta e uma dose fenomenal de criatividade. Simplesmente não se pode acelerar o ritmo de produção dentro deste contexto e ainda assim manter um nível aceitável de qualidade.
Então, se nada acontecer (e acreditem, não vai) vamos entrar numa era de total desconfiança sobre tudo o que estiver relacionado à software ou, o que é mais provável, vamos passar a achar que tudo isso é normal.
Quero aproveitar e assumir minha parcela de culpa. Sim! Nós, os profissionais de desenvolvimento de software, somos os culpados por esta situação, pois não dissemos um sonoro "não", nas vezes em que foi necessário. Não dissemos que programação "não" é igual a fazer uma "cartinha" num editor de textos; não dissemos que "não" iamos trabalhar aos finais de semana porque tinhamos uma vida; não dissemos que dobrar o tamanho da equipe de desenvolvimento "não" cortaria o tempo pela metade; e a que eu mais gosto, não dissemos que "não" iamos trabalhar por um salário miserável.
O que podemos fazer agora? Essa é a resposta mais simples - Colher o que plantamos!
Ano após ano, vi com meus próprios olhos a decadência do desenvolvedor de software. Sim, estou falando da pessoa. Boa parte desta decadência pode ter sido motivada pela brutal concorrência existente no mercado. A lógica é simples - Preço baixo e prazos curtos são necessários para se ter algum cliente.
O grande problema é que desenvolvimento de software não é a mesma coisa que apertar parafusos. É um trabalho essencialmente intelectual, onde cada pequena parte do trabalho, por menor e mais repetitiva que seja, demanda atenção absoluta e uma dose fenomenal de criatividade. Simplesmente não se pode acelerar o ritmo de produção dentro deste contexto e ainda assim manter um nível aceitável de qualidade.
Então, se nada acontecer (e acreditem, não vai) vamos entrar numa era de total desconfiança sobre tudo o que estiver relacionado à software ou, o que é mais provável, vamos passar a achar que tudo isso é normal.
Quero aproveitar e assumir minha parcela de culpa. Sim! Nós, os profissionais de desenvolvimento de software, somos os culpados por esta situação, pois não dissemos um sonoro "não", nas vezes em que foi necessário. Não dissemos que programação "não" é igual a fazer uma "cartinha" num editor de textos; não dissemos que "não" iamos trabalhar aos finais de semana porque tinhamos uma vida; não dissemos que dobrar o tamanho da equipe de desenvolvimento "não" cortaria o tempo pela metade; e a que eu mais gosto, não dissemos que "não" iamos trabalhar por um salário miserável.
O que podemos fazer agora? Essa é a resposta mais simples - Colher o que plantamos!
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
A Crise dos "Aero-patéticos"
Eu simplesmente me recuso a acreditar que existam tantas pessoas desprovidas da capacidade de observar o mundo à sua volta.
Alguém duvida que vai começar mais um capítulo da novela "Meu avião ainda não veio"? Alguém duvida, também, que vamos acabar assistindo àquela reprise na qual aparece um bando de pobre metido a burguês, armando barraco no saguão do aeroporto, dizendo incessantemente que se tivesse ido de ônibus já teria chego, e que a companhia aérea não pagou nem um "lanchinho"?
Essa cena deprimente seria até aceitável se este problema dos atrasos e cancelamentos fosse novidade. Mas não é. E é exatamente aqui que entra a capacidade de observar. Se eu sei que este problema existe, não seria melhor buscar alternativas de transporte? Carro ou busão? Ou será que eu acredito no governo que diz estar tudo sob controle?
Lamento muito por aqueles que não tem opção e realmente necessitam deste meio de transporte e, apesar de toda a irritação, são obrigados a compartilhar o espaço com pessoas que deveriam estar numa rodoviária.
Alguém duvida que vai começar mais um capítulo da novela "Meu avião ainda não veio"? Alguém duvida, também, que vamos acabar assistindo àquela reprise na qual aparece um bando de pobre metido a burguês, armando barraco no saguão do aeroporto, dizendo incessantemente que se tivesse ido de ônibus já teria chego, e que a companhia aérea não pagou nem um "lanchinho"?
Essa cena deprimente seria até aceitável se este problema dos atrasos e cancelamentos fosse novidade. Mas não é. E é exatamente aqui que entra a capacidade de observar. Se eu sei que este problema existe, não seria melhor buscar alternativas de transporte? Carro ou busão? Ou será que eu acredito no governo que diz estar tudo sob controle?
Lamento muito por aqueles que não tem opção e realmente necessitam deste meio de transporte e, apesar de toda a irritação, são obrigados a compartilhar o espaço com pessoas que deveriam estar numa rodoviária.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Uma tragédia, um peso e duas medidas
Sim, a morte estúpida do menino João Hélio chocou o país. Mas o que nos choca ainda mais, são as atitudes igualmente estúpidas que geralmente sucedem este tipo de fato, e que são promovidas pela mente brilhante dos nossos parlamentares.
Será que é a hora certa para colocar a segurança pública em pauta? - Eles dizem. Não, a hora certa é há muito tempo atrás! Já era! O que se vê, então, é o velho jogo da mídia e o governo contra o povo. Papo furado.
Mas o ponto não é exatamente este. Existe muita coisa à se falar do governo e minha intenção não é fazer um apanhado geral das besteiras que ele faz. Quero focar num assunto muito menor, e que reapareceu nas entre-linhas desta onda dos últimos dias.
Muito se falou na redução da maioridade penal, que deveria ser aos 16 anos. Pela lei vigente, um menor de 18 anos não pode ser responsabilizado por seus atos. Tudo bem, quer dizer, não está tudo bem, mas vamos fazer de conta que está, somente para dar crédito à seguinte pergunta: Adolescentes de 16 anos podem votar? Sim, podem.
Assim, o que falta agora é o governo assumir aonde está o grande erro. Ou os menores são irresponsáveis demais para votar, ou são perfeitamente capazes de puxar uma boa cadeia.
Por fim, gostaria de desejar muita força aos pais de João Hélio. Eu, em seu lugar, duvido que fosse capaz de suportar tamanha perda.
Hoje (10/03/2007) descobri um excelente texto do Mário Leal, que abordou o assunto da maneira mais humana possivel. Leia em http://apoiofraterno.blogspot.com/2007/02/o-legado-de-joo-hlio.html
Será que é a hora certa para colocar a segurança pública em pauta? - Eles dizem. Não, a hora certa é há muito tempo atrás! Já era! O que se vê, então, é o velho jogo da mídia e o governo contra o povo. Papo furado.
Mas o ponto não é exatamente este. Existe muita coisa à se falar do governo e minha intenção não é fazer um apanhado geral das besteiras que ele faz. Quero focar num assunto muito menor, e que reapareceu nas entre-linhas desta onda dos últimos dias.
Muito se falou na redução da maioridade penal, que deveria ser aos 16 anos. Pela lei vigente, um menor de 18 anos não pode ser responsabilizado por seus atos. Tudo bem, quer dizer, não está tudo bem, mas vamos fazer de conta que está, somente para dar crédito à seguinte pergunta: Adolescentes de 16 anos podem votar? Sim, podem.
Assim, o que falta agora é o governo assumir aonde está o grande erro. Ou os menores são irresponsáveis demais para votar, ou são perfeitamente capazes de puxar uma boa cadeia.
Por fim, gostaria de desejar muita força aos pais de João Hélio. Eu, em seu lugar, duvido que fosse capaz de suportar tamanha perda.
Hoje (10/03/2007) descobri um excelente texto do Mário Leal, que abordou o assunto da maneira mais humana possivel. Leia em http://apoiofraterno.blogspot.com/2007/02/o-legado-de-joo-hlio.html
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